Educação como pano de fundo!

Sociologicamente a educação deveria estar entre as prioridades nas políticas públicas. Deveria ser o pano de fundo em todas as sociedades. As diferentes culturas, como as indígenas, por exemplo, tratam a educação de suas crianças e jovens com muita seriedade. Trata-se de preservar a própria sociedade indígena. Por que nas sociedades como a brasileira (que tenta incluir as diferenças) ainda está em passos de tartaruga e só apostando na educação quando os jornais noticiam fracassos e fiascos da educação? Precisamos virar notícia para termos uma política educativa de qualidade? Ainda aguardo a inclusão digital da educação nesses primeiros anos do novo século.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Educação frente as novas tecnologias: modismo ou necessidade? Continuação "O Computador na Sociedade do Conhecimento"

Bem-vindos amigos, ao mundo real depois da deliciosa ociosidade do carnaval. Descanso, folia, vida ao ar livre...Enfim! A vida continua...
Então, começaremos  a semana falando sobre o livro que li de José Armando Valente:
O livro foi organizado pelo Prof. Dr. José Armando Valente em 1999, reunindo um conjunto de artigos de cunho teórico, cujo foco é o papel que a escola pode ter na preparação dos estudantes para as mudanças do mundo contemporâneo, esta publicação fundamenta as ações de formação de educadores na área de Informática na Educação e contextualiza a abordagem pedagógica do Nied - O Núcleo de Informática Aplicada à Educação – (http://www.nied.unicamp.br/) .

A preocupação do livro é mostrar, depois de um levantamento histórico da introdução da informática aplicada na educação, sobre o que esbarra na implantação de informática educativa nas escolas. Elencando o professor como o elemento articulador – facilitador da aprendizagem, propõe a capacitação dos mesmos para o uso do computador em suas atividades na sala de aula. Segundo Valente:
Na verdade, a introdução da informática na educação, segundo a proposta de mudança pedagógica, como consta no programa brasileiro, exige uma formação bastante ampla e profunda do professor. Não se trata de criar condições para o professor dominar o computador ou o software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo. Mais uma vez, a questão da formação do professor mostra-se de fundamental importância no processo de introdução da informática na educação, exigindo soluções inovadoras e novas abordagens que fundamentem os cursos de formação. Além disso, não podemos colocar a responsabilidade da implantação da informática na escola somente nas costas do professor (O computador na Sociedade do Conhecimento, p.12).
A proposta de utilização da informática para o processamento da informação e a construção de conhecimento dá origem a novas propostas pedagógicas, onde, essa nova abordagem inovadora da educação deve ter a responsabilidade compartilhada com políticas públicas, gestores e toda a comunidade escolar.
Se a sociedade sabe o que pode esperar e contar de uma educação informatizada, ela poderá ser a primeira a exigir dos seus governantes que a financie e coloque em prática. No livro Valente menciona que o Programa Brasileiro para a implantação da Informática Educativa é bastante ambicioso, pois implica em ter o computador como recurso importante nesse processo de mudança. Sinaliza que será preciso a criação de ambientes de aprendizagem que enfatizem a construção do conhecimento e não a instrução. Isso implica em uma nova abordagem pedagógica e de se entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento. Ora, essa “pretensão” brasileira implica em um redimensionamento dos conceitos já conhecidos e possibilidade da busca e compreensão de novas ideias e valores.
Como diz Valente:
Usar o computador com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender bem como demanda rever o papel do professor nesse contexto. A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Essa prática possibilita a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno. Finalmente, deve-se criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vividas durante a sua formação, para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir. Além do professor, é necessário trabalhar também com outros segmentos da escola, como a administração e a comunidade de pais, para que possam dar apoio e minimizar as dificuldades de implantação de mudanças na escola. Essas mudanças são necessárias para que a informática e outras soluções pedagógicas inovadoras possam efetivamente estar a serviço da formação de alunos preparados para viver na sociedade do conhecimento (O computador na Sociedade do Conhecimento, p.13).
Bem, o livro foi organizado em 1999, isto é, passaram-se 13 anos.
“Quem tem conhecimento tem PODER”!
Nós professores estamos preparados para ajudarmos nossos alunos a viverem nessa sociedade do conhecimento?  

Leiam o livro, vale a pena!
Abraços, Angela dos Santos Araújo

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