Educação como pano de fundo!

Sociologicamente a educação deveria estar entre as prioridades nas políticas públicas. Deveria ser o pano de fundo em todas as sociedades. As diferentes culturas, como as indígenas, por exemplo, tratam a educação de suas crianças e jovens com muita seriedade. Trata-se de preservar a própria sociedade indígena. Por que nas sociedades como a brasileira (que tenta incluir as diferenças) ainda está em passos de tartaruga e só apostando na educação quando os jornais noticiam fracassos e fiascos da educação? Precisamos virar notícia para termos uma política educativa de qualidade? Ainda aguardo a inclusão digital da educação nesses primeiros anos do novo século.

PLATAFORMA COLABORATIVA: UMA VIRTUAL REALIDADE - continuação

Continuação...

A democratização do acesso a esses produtos tecnológicos é talvez o maior desafio para esta sociedade demandando esforços e mudanças nas esferas econômica e educacional. Para que todos possam ter informações e utilizar-se de modo confortável as novas tecnologias, é preciso um grande esforço político. Como as tecnologias estão permanentemente em mudança, a aprendizagem contínua é consequência natural do momento social e tecnológico que vivemos, a ponto de podermos chamar nossa de sociedade de “sociedade da aprendizagem”. Todavia, a utilização de ferramentas computacionais em sala de aula, ainda parece ser um desafio para alguns professores que se sentem inseguros em conciliar os conteúdos acadêmicos com instrumentos e ambientes multimídia, os quais ainda não têm pleno domínio.
Então qual seria o papel das mídias no processo de aprendizagem dos alunos e como as inserir?
Elas ajudam a dinamizar as aulas, estimular o senso crítico, a criatividade em função de uma educação para a autonomia. Permitem criar situações em que os alunos interagem com os conteúdos de diferentes formas: textos, imagens, sons; favorecem um ensino contextualizado, ou seja, que incorpora as práticas sociais como saber escolar. A promoção de condições para que os alunos possam participar do mundo digital, possibilitando aos mesmos que participem de práticas letradas do mundo digital, que dominem os gêneros que nele circulam que aprendam a utilizar os espaços virtuais e a lidar com os tempos síncronos e assíncronos de comunicação, bem como com os hipertextos e as hipermídias.
O que muda para o professor com a inserção de mídias, como a tv, o rádio e a internet? Para que ocorra a interatividade entre professor e alunos pressupõe-se, como requisito metodológico do bom ensino, o acompanhamento pelo professor das transformações e inovações da sociedade. Para isso ao planejar as aulas os professores devem se apropriar das mesmas tecnologias usadas pelos alunos para que a comunicação e o relacionamento ocorram sem desvios ou barreiras que impeçam o estabelecimento de um diálogo construtivo, educativo. Os alunos precisam ser incentivados a perguntar, a argumentar, a discutir com argumentos, a desenvolver a capacidade de verbalização. Com o uso das tecnologias da informação e da comunicação esse processo pode ser facilitado quando o professor incorpora, na metodologia das aulas, outras linguagens (visuais, sonoras, audiovisuais), como mediações da construção do saber.
Certamente, o papel do professor está mudando, seu maior desafio é reaprender a aprender. Compreender que não é mais a única fonte de informação, o transmissor do conhecimento, aquele que ensina, mas aquele que faz aprender, tornando-se um mediador entre o conhecimento e a realidade, um especialista no processo de aprendizagem, em prol de uma educação que priorize não apenas o domínio dos conteúdos, mas o desenvolvimento de habilidades, competências, inteligências, atitudes e valores.
É papel da escola democratizar o acesso ao computador, promovendo a inclusão sócio digital de nossos alunos. É preciso também que os dirigentes discutam e compreendam as possibilidades pedagógicas deste valioso recurso. Contudo, é preciso estar conscientes de que não é somente a introdução da tecnologia em sala de aula, que trará mudanças na aprendizagem dos alunos, o computador não é uma “panacéia” para todos os problemas educacionais.
O desenvolvimento de plataformas de colaboração permite uma capacidade de ação inimaginável até hoje. Possibilita que milhares de pessoas interatuem com milhares de outras, de forma coordenada, porém autónoma, sem referência a uma estrutura hierarquizada e sem outras regras senão as inventadas por elas mesmas. Este cenário traz novos desafios entre os quais o aumento da capacidade de auto-organização do sistema educacional. Ao mesmo tempo, gera uma grande transparência do seu desenvolvimento.
As plataformas colaborativas fornecem uma infraestrutura que facilita a comunicação e colaboração entre professores (ajudando a superar o habitual isolamento da sua prática profissional) permitindo-lhes partilhar recursos e materiais pedagógicos e envolverem-se em grupos virtuais de trabalho, baseados em interesses comuns ou em torno de temas ou disciplinas.
As plataformas colaborativas vieram também acrescentar uma nova dimensão à sala de aula, possibilitando, através da conectividade, criar novas formas de aprendizagem e permitindo o seu prolongamento no espaço e no tempo.
O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula, o que implica em mudar, de maneira significativa, o processo educacional como um todo.
Surge então a Educopédia, uma plataforma criada pela Secretaria de Educação do Município do Rio de Janeiro, para auxiliar os professores e alunos na relação ensino-aprendizagem.
O que é a Educopédia?
É antes de tudo uma plataforma que usa as mais diferentes mídias digitais para o uso de professores e alunos para o ensino de conteúdos programáticos.
Para isso foi criado um site principal contendo conteúdos relativos a cada tema trabalhado principalmente por professores de todas as disciplinas, além da inserção da literatura infantil e a infanto juvenil. Esses conteúdos são compostos por variadas mídias, como músicas, jogos, desafios, vídeos, etc.
Acesse a Educopédia >>
Angela dos Santos Araújo